CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

BOM ESTARMOS AQUI CONTIGO SENHOR


Lc 7,31-35
1. “Com quem hei de comparar os homens desta geração? Com quem eles se parecem?” O evangelista toma a imagem de crianças nas praças, tocando e dançando, mas sem que alguém as observe e lhes dê atenção. Ou seja, são pessoas marcadas pela indiferença. Somem-se a isso falta de fé, insubordinação, individualismo, subjetivismo exagerado, julgamento preconceituoso, endeusamento de si mesmo, narcisismo, calúnia e, por fim, retorno à animalidade.
2. Há uma crise de humanidade como consequência de uma crise ou, até mesmo, um abandono da fé. A figura apresentada no texto, em primeiro lugar, é João Batista, profeta respeitado pela santidade de vida e ensinamentos fortes, mas que foi rejeitado como alguém possuído pelo demônio. Na verdade, foi descartado como insignificante e inútil, porque outros eram os interesses do povo. Para enfatizar ainda mais a indiferença da humanidade, Lc cita o próprio Filho de Deus, agindo um pouco diferente de João, que não se alimentava de pão e vinho. Jesus comia e bebia, estava com os publicanos e pecadores, misturava-se com todos que necessitavam da misericórdia de Deus. No entanto, também foi rejeitado na qualidade de desqualificado, mundano, amigo dos excluídos da pureza e santidade.
3. O mundo continua sendo indiferente à mensagem da salvação. Por isso mesmo, abandona a verdade, rejeita a fé e manipula a definição de amor, compreendendo-o apenas como manifestação de prazer. Dessa forma, conduz o homem ao destanciamento de Deus e, como consequência, à diminuição de si mesmo, lançando por terra a própria dignidade. Isso vai formando um círculo destrutivo até o ponto de não se valorizar mais ninguém, de não enxergar mais o que é realmente bom, o que edifica e eleva a todos.
4. Muita gente não está atenta mais a nada, nem mesmo a ilusão de si mesma. Dá a impressão de que o mundo pessoal é único, mais importante, suficiente, e o mundo do outro é com ele, isto é, ele que se vire, nada importa, desde que não haja interferência no mundo pessoal. O outro é coisificado, vale pelo que produz e por se fazer escravo de outrem, por se tornar, muitas vezes, apenas objetivo de lucro e de prazer. O que mais importa, nessa realidade, é a indiferença, mas também, quase que contraditoriamente, o prazer que o outro proporciona, os “grupinhos” “meio” que unidos, aparentemente unidos nos interesses partilhados, mas que, verdadeiramente, estão como que por um “triz” de insatisfação com o outro do mesmo grupo, rolando muito ciúme, expoloração, dominação e diminuição de todos. Partilham, principalmente, coisas, como drogas, alcoolismo e pornografia. Esse, infelizmente, é o mundo de muitos que estão na Igreja, mas ainda não assumiram, de verdade, a fé cristã. Sofrerá muito quem quiser mudar essa realidade, mas é preciso ter coragem de abraçar a causa e lutar pela salvação de todos, especialmente da juventude.
Um forte e carinhoso abraço.
Pe. José Erinaldo

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