CAMOCIM CEARÁ

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.(Mt.5)

sexta-feira, 29 de maio de 2015

SAUDADE DE UM PAPO FIRME


“Quero Que Vá Tudo Pro Inferno” foi um marco importante na carreira de Roberto — o cantor jovem atingia com a força dos seus versos a todas as faixas: do pobre ao mais sofisticado, todos até hoje cantam aquela que foi realmente transformada em hino de toda uma geração. “Quero que vá tudo pro inferno” consagrou RC definitivamente, naquele ano ele recebia o Troféu Disco de Ouro, prêmio máximo do mundo do disco rio país. Em 65, 66 e 67 ganha o Troféu Roquette Pinto, participa do mesmo ano em Cannes do Festival de música daquela cidade — recebe então o Troféu Midem, o primeiro troféu internacional de sua carreira. Em 68 conquista a Europa ao ganhar o primeiro prêmio do Festival de San Remo, interpretando “Canzone Par Te” de Sergio Endrigo, representando o Brasil (foi a primeira vez na história daquele festival que um artista estrangeiro ganhava o primeiro prêmio).

Começaram então os filmes, mais viagens ao exterior, as primeiras gravações em espanhol, a conquista do difícil mercado latino-americano (na Argentina é considerado como o maior vendedor de discos, sobrepujando com larga diferença os ídolos locais): cantando em castelhano ou em italiano, a comunicação é sempre a mesma: total, vibrante, dentro de um estilo personalissimo! Nos três shows do Canecâo (com casa lotada diariamente), Roberto começou a mostrar que pode igualmente cantar em inglês com a mesma força interpretativa: canções dos áureos tempos do rock and roll, até a difícil “McArthur’s Park” são facilmente assimiladas e transmitidas por esse talento incomparável — recentemente no Madison Square Garden para uma platéia de milhares de latino- americanos e novaiorquinos, Roberto sentiu de perto todo o calor da sua enorme popularidade: aplaudido de pé, ovacionado já, merecidamente como um dos grandes fenômenos da comunicação dos nossos dias.

Já são quinze anos de carreira, mais de uma dezena de elepês editados: em italiano, castelhano e naturalmente em português; é uma bagagem musical de quase uma centena de compactos duplos e simples espalhados pelo mundo — da inocência do “Brucutu”, da juventude do “Calhambeque”... das letras mais fortes e intimistas, como a genial “Detalhes” e “As Flores Do Jardim De Nossa Casa”, Roberto consegue dentro da sua eterna humildade, ser o cantor de todas as camadas, de atingir fundo com o lirismo da sua voz a moços e velhos: um talento completo!

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