O
espiritismo consiste em pretensas ou verdadeiras comunicações com os
espíritos do outro mundo, ou as almas dos defuntos, para descobrir
coisas secretas relativas a esta ou à outra vida.
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Digo comunicações pretensas, supostas, porque é sabido que grande
número de médiuns, isso é, de pessoas de que se servem os espíritos
para receberem as respostas dos espíritos ou das almas, os
profissionais do espiritismo, têm sido convencidos de fraude. Noventa
por cento pelo menos dos casos de comunicações espíritas são
vergonhosas trapaças.
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Digo, em segundo lugar, comunicações verdadeiras, porque sábios
verdadeiros e conscienciosos têm verificado a verdade de certas
comunicações, de sorte que forçoso é admitir que nem tudo é fraude.
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Por conseguinte, às vezes há espíritos que se comunicam. A questão
é esta: a que espíritos devem ser atribuídas estas comunicações? Em
outras palavras: quem é o espírito que se manifesta? Não são almas dos
defuntos.
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O dogma católico admite, para as almas que passaram os
umbrais da eternidade, dois estados definitivos e um intermediário, mas
passageiro. Ou elas estão no inferno, ou no céu, ou no purgatório. Ora,
em qualquer estado destes em que elas se achem, não está na
possibilidade delas aparecerem a quem as evoca.
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As do inferno estão presas pela corrente da justiça divina, que
fixou a sua desgraçada sorte para a eternidade e deste horrendo
calabouço, de que os demônios são guardas, elas não podem sair, senão
em caso muito extraordinário, por especial providência de Deus.
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As que estão no céu, no purgatório, estão em perfeita conformidade
à vontade de Deus, e, portanto, nunca elas se manifestam senão por fins
altíssimos, dignos da infinita sabedoria de Deus, como auxiliar com
preces e santos sacrifícios essas almas, ou converter algum pecador. A
regra geral que Deus tem estabelecido para as almas que passam desta
para a outra vida é que: “o espírito vai e não volta.”
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Não são as almas que se manifestam. É o demônio.
A prova é que na maioria dos casos estas comunicações tendem ao erro e
à falsidade, que é o caráter próprio daquele que tem o título “pai da mentira”. Sem dúvida, há às vezes algumas verdades enunciadas, mas é para mais facilmente induzir ao erro.
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Assim dirão que há purgatório, mas que não há inferno — que fulano
está no inferno, mas que a condenação não é eterna. Outras vezes são
respostas ambíguas e contraditórias. Para um católico não pode haver dúvida, é o demônio.
Acrescentemos o que em mais de uma circunstância se tem dado; e é que
se algum dos circunstantes se acha munido de água benta, um crucifixo,
uma medalha, o espírito ou fica mudo ou dá respostas incoerentes.
Vejamos, aliás, quais as consequências resultantes do espiritismo,
para mais vermos a intervenção diabólica, porque pelos efeitos melhor
se conhece a causa. Uma das consequências que mais avultam é a
loucura. É um fato notório. O diretor do Hospício dos Alienados Pedro
II, no Rio, declarou, há anos passados, que 65% dos alienados eram
vítimas do espiritismo.
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Que dizer do suicídio? Quem ignora que os tenha havido e só
motivados por esta causa? Quantos desgraçados entre estes cegos a quem
Satanás leva pelo cabresto até esta última cegueira! Quanto às
imoralidades praticadas muitas vezes em certas reuniões espíritas,
delas nem convêm falar.
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Há outras consequências, doutra ordem mais transcendente e é que o
espiritismo impele seus adeptos à heresia e ao erro. É principalmente
entre os espíritas que se encontram os que negam a divindade de Jesus
Cristo, da confissão, da Igreja; os que ridicularizam as práticas
religiosas, aprovam o ensino ateu.
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Basta!
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Fica claro e evidente que as pessoas que se entregam a estas
práticas cometem pecado mortal não só porque desobedecern à
Igreja, que as proíbe, mas também porque procuram põe-se em comunicação
com o espírito das trevas, o inimigo de Deus, o que é proibido pela
Sagrada Escritura : “Entre ti não se achará… quem pergunte a um espírito divinatório nem aos mortos.” (Deut 18, II).
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Os espíritas são hereges porque negam verdades reveladas e aderem
a erros condenados, renunciando, desta arte, ao título de católicos.
Estão fora da Igreja; se não renunciarem a estas práticas não se salvam.
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A Oração
Há um inferno, suplícios eternos. É horroroso, mas é certo. A
porta do inferno é o pecado mortal. Há também um céu, morada de Deus,
mansão dos anjos e santos, uma glória, uma felicidade eternas. A
chave de ouro do céu é a oração. Quereis evitar o inferno, merecer o
céu, é absolutamente necessário REZAR…
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Retirado do livro: O Pequeno Missionário – Manual de
Instruções, Orações e Cânticos coordenado pelo Pe. Guilherme Vaessen,
Missionário da Congregação da Missão – 6a. Edição, Editora Vozes, 1953
Fonte: Blog almas Devotas
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